O que é Persona?
Persona é a imagem pública de alguém. A palavra original persona significa máscara, portanto a máscara que usamos em público a fim de impor uma certa imagem sobre nós: pai, mãe, chefe, artista, oficial, presidente da república, etc. Persona é, portanto, o resultado de uma adaptação social que desempenha um papel importante no trato com os pares.
A persona pode ser excessiva, ou seja, pode sugerir uma personalidade que não tem nada de natural, mas é pura ficção. Este é geralmente o caso de políticos, estrelas da mídia de massa, qualquer pessoa que afirma ter um papel especial a desempenhar na vida social.
Se a persona é excessiva, então nossa personalidade autêntica evanescente até se tornar praticamente irreconhecível.
O processo de individuação
começa a partir deste nível, da persona, da máscara social, tentando quebrar a convenção artificial através da consciência de sua presença e função, e da atenuação de seu caráter muitas vezes opressivo-imperativo.
Jung sobre Persona
Persona… é o sistema de adaptação do indivíduo ao mundo, ou a maneira que ele assume ao lidar com o mundo. Cada vocação da profissão, por exemplo, tem a sua própria personalidade característica. É fácil estudar estas coisas hoje em dia, quando as fotografias de personalidades públicas aparecem tão frequentemente na imprensa. Um certo tipo de comportamento é-lhes imposto pelo mundo, e os profissionais se esforçam para corresponder a essas expectativas. Só que o perigo é que elas se tornem idênticas às suas personas – o professor com o seu livro-texto, o tenor com a sua voz. Então o dano é feito; doravante ele vive exclusivamente contra o pano de fundo de sua própria biografia. Pois, por essa altura, já está escrito: “… então ele foi a tal e tal lugar e disse isto ou aquilo”, etc. (…) Poder-se-ia dizer, com um pouco de exagero, que a pessoa é o que na realidade não é, mas o que se pensa, assim como os outros, que se é. (De Carl Jung: The Archetypes and the Collective Unconscious, Volume 9, parte I de The Collected Works , Princeton University Press, 1990, p. 123.)