Sérvia desenterra sepultura coletiva da guerra do Kosovo

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KIZEVAK, Sérvia (Reuters) – Acredita-se que restos mortais humanos de mais de uma dúzia de albaneses mortos durante a guerra de 1998-99 no Kosovo foram encontrados dentro da Sérvia, disse um funcionário sérvio na sexta-feira.

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Mais de duas décadas após o fim do conflito no Kosovo, a busca das vítimas continua a ser um grande obstáculo à melhoria das relações entre Belgrado e Pristina.

Os investigadores usaram imagens de satélite para encontrar a vala comum numa remota mina a céu aberto em Kizevak, no sul da Sérvia.

As suas descobertas sugeriram que poderia haver até 17 corpos, disse Veljko Odalovic, o chefe da Comissão de Pessoas Desaparecidas da Sérvia, aos repórteres.

A perita em medicina legal Suzana Matejic disse que uma investigação mais aprofundada seria dificultada a curto prazo pela rápida aproximação das restrições ao Inverno e ao vírus corona.

Acredita-se que mais de 13.000 pessoas tenham morrido durante a guerra no Kosovo, a antiga província do sul da Sérvia. Os combates terminaram em 1999 após os ataques aéreos da OTAN contra a agora extinta Jugoslávia. A maioria das vítimas eram de etnia albanesa e centenas ainda estão desaparecidas.

Ibrahim Makolli, o representante do Kosovo para as pessoas desaparecidas, disse que deveria ser uma prioridade encontrar os responsáveis pelas mortes, acrescentando: “A investigação que levou à descoberta foi um esforço da Sérvia, do Kosovo, do Comité Internacional da Cruz Vermelha e da EULEX, da missão de justiça e polícia da UE no Kosovo.

A maior vala comum encontrada até agora, contendo os corpos de mais de 800 albaneses do Kosovo, foi encontrada em 2001 num complexo policial perto de Belgrado.

Kosovo declarou a independência em 2008, mas Belgrado recusa-se a reconhecê-la. A Sérvia candidatou-se a membro da União Europeia e o Kosovo também quer fazer parte da UE, mas os dois têm de normalizar os laços antes de qualquer um deles poder aderir.

Reporting by Aleksandar Vasovic; Editing by Kevin Liffey

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