Ahead of the judgement Wednesday of the Bosnian Serbitary chief Ratko Mladic, here is a timeline of the 1990s Balkan conflicts that rasgast apart the former Yugoslavia.
– Quezílias depois da morte de Tito –
A Jugoslávia comunista, que surgiu pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial, era composta por seis repúblicas: Eslovénia, Croácia, Sérvia, Bósnia, Montenegro e Macedónia.
– Na sequência da morte do seu líder autocrático Josip Broz Tito em 1980, a federação jugoslava viu-se em crise, com quezílias entre grupos étnicos e sentimentos nacionalistas emergentes.
– Quando o Muro de Berlim caiu em 1989, as relações inter-étnicas na Jugoslávia estavam no ponto de ruptura. As primeiras eleições multipartidárias nas repúblicas em 1990 foram ganhas principalmente pelos nacionalistas.
As repúblicas mais prósperas, Eslovênia e Croácia, começaram a defender uma maior descentralização do governo da Iugoslávia.
Mas a maior república, a Sérvia, liderada por Slobodan Milosevic, reuniu companheiros sérvios em toda a Iugoslávia, num impulso para um controle centralizado.
– A Eslovénia e a Croácia declaram independência –
Em 25 de Junho de 1991, os parlamentos da Eslovénia e da Croácia declararam a independência, o que levou ao destacamento do exército jugoslavo (JNA) controlado por Belgrado para as fronteiras e aeroportos afectados.
Após um conflito de 10 dias, o JNA retirou-se da Eslovénia etnicamente homogénea.
Mas na Croácia, as tropas sérvias tomaram o partido dos rebeldes de etnia sérvia que se opunham à independência, lançando o que viria a ser uma guerra de quatro anos.
A cidade oriental de Vukovar foi arrasada durante um cerco pelas forças jugoslavas no outono de 1991, enquanto a cidade adriática medieval de Dubrovnik foi severamente danificada.
– Referendo bósnio –
Na Bósnia, a república mais diversificada étnica e religiosamente e lar de quatro milhões de pessoas, muçulmanos e croatas organizaram um referendo de independência.
A jogada foi ferozmente oposta pelos sérvios bósnios apoiados por Belgrad, que constituíam mais de 30% da população.
Enquanto os sérvios boicotaram a votação, 60% dos cidadãos da Bósnia votaram pela independência.
– Guerra bósnia –
Em Abril de 1992 rebentou a guerra entre os muçulmanos e croatas da Bósnia, que estavam de um lado, e os sérvios bósnios. A Bósnia ganhou reconhecimento internacional um dia depois.
Liderados por Radovan Karadzic e armados pela JNA, os sérvios declararam que os territórios sob seu controle pertenciam a uma entidade chamada Republika Srpska.
Logo depois, os croatas bósnios voltaram-se contra os muçulmanos da república.
– Cerco de Sarajevo –
As tropas sérvias da Bósnia iniciaram imediatamente um cerco à capital bósnia de Sarajevo que duraria 44 meses.
Os 350.000 habitantes da cidade lutaram para conseguir os bens de primeira necessidade e pelo menos 10.000 foram mortos por corte e bombardeamento por sérvios.
Em Maio de 1992 os sérvios bósnios controlavam dois terços da Bósnia.
– Limpeza étnica –
Em Agosto as primeiras imagens de prisioneiros esqueléticos em campos despertaram o mundo para a campanha de limpeza étnica pelas forças sérvias.
Uma estimativa de 20.000 mulheres, na sua maioria muçulmanas, foram violadas.
– Massacre de Srebrenica –
Em Julho de 1995, as forças sérvias bósnias tomaram a “área segura” de Srebrenica, protegida pela ONU, no leste da Bósnia e massacraram até 8.000 homens e rapazes muçulmanos.
Descrito por dois tribunais internacionais como genocídio, o massacre foi a pior matança em massa na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
– Ataques aéreos da NATO, acordo de Dayton –
Em Agosto de 1995, após a queda de Srebrenica e o bombardeamento de um mercado de Sarajevo, no qual 41 pessoas foram mortas, a NATO desencadeou ataques aéreos às posições sérvias da Bósnia.
Em 21 de Novembro de 1995, após três semanas de conversações na cidade americana de Dayton, Ohio, os líderes da Bósnia, Croácia e Sérvia acordaram um acordo de paz.
Em Dezembro de 1995, foi destacada uma força de manutenção da paz da OTAN na Bósnia, que tinha sido dividida numa Federação Muçulmano-Croata, cobrindo 51% do território, e numa entidade sérvia, a Republika Srpska.
– O conflito do Kosovo –
A guerra eclodiu em 1998 na província sérvia do sul do Kosovo entre rebeldes de etnia albanesa em busca da independência e as forças armadas da Sérvia.
Os combates terminaram em 1999 após uma campanha de 11 semanas de bombardeamentos da OTAN, altura em que cerca de 13.000 pessoas tinham sido mortas e centenas de milhares tinham fugido das suas casas.
Kosovo declarou a independência em 2008, um movimento que a Sérvia se recusa a reconhecer.
– A sentença –
O Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, criado em 1993, tem continuado a processar os responsáveis por crimes de guerra desde o fim dos conflitos.
Proclamou 161 pessoas, condenou 83 e absolveu 19. Entre os condenados está o líder de guerra sérvio bósnio Karadzic, enquanto Milosevic morreu na prisão antes de ser julgado.
O tribunal está marcado para fechar em 31 de dezembro, e um tribunal separado foi criado para lidar com os recursos restantes e outras questões.